Buch lesen: «O Chapéu E Os Sapatos Mágicos»
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Maria Grazia Gullo - Massimo Longo
O chapéu e os sapatos mágicos
Traduzido por Aderito Francisco Huo
Copyright © 2021 M.G.Gullo – M.Longo
A imagem da capa, as ilustrações e a gráfica foram realizadas e preparadas por Massimo Longo
Tradução de italiano para português: Adérito Francisco Huó
Todos os direitos reservados.
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O chapéu e os sapatos mágicos
Na rua de Campobello, um menino traquinas, mas muito inteligente, vagueava modestamente pelas ruas com as mãos nos bolsos. Estava mal-humorado, a sua última caderneta escolar tinha sido péssima e os pais tinham-no punido retirando-lhe o Tablet e todos os desenhos animados na TV.
Ecoavam ainda nas orelhas dele as palavras do papá no momento em que lhe retirava os seus brinquedos preferidos: "Não recuperarás tudo isto antes de colocar a cabeça no lugar".
Também a mamã, que frequentemente era sempre tolerante, tinha perdido a paciência: "Como é possivel? Com a tua inteligência trazer para casa uma caderneta tão deplorável?"
Alf contudo, este era o seu nome, não se resignava.
“Nem é sequer minha culpa" girava na sua cabeça "Tudo é chato e em que servirão pois todas estas coisas por aprender? Posso muitíssimo bem desenrascar-me" Em síntese, ao invés de arrepender-se, Alf continuava com os seus passos.
Enquanto atravessava a avenida central da pequena cidade onde morava, ouviu um assobio. Assim virou para ver donde proviesse. Não conseguiu distingui-lo e retomou o seu caminho quando chegou um outro.
Eh, tu! ….
O assobio e a voz provinham certamente do beco, perto de um contentor de lixo verde.
Eh, tu! – chamou outra vez a voz.
Alf, não vislumbrando a ninguém, chegou mais perto...
Eh, tu! - ouviu pela terceira vez.
Alf controlou em volta do contentor de lixo e também desta vez não viu ninguém. Virou-se para ir embora, mas o ouviu outra vez.
Eh, tu! Olha para baixo, estamos aqui!
Alf reparou bem à volta, mas viu somente um par de sapatilhas de pele brancas e encarnadas abandonadas ao pé do contentor e pensou que um tempo atrás tinham sido realmente muitas bonitas.
Eh, tu!
Alf andou aos solavancos, não acreditava nos seus olhos, a ponta da sapatilha esquerda tinha-se movido enquanto dizia "Eh" enquanto da esquerda saiu o som "tu". É possivel? Assim esfregou-se os olhos.
Eh, tu! Sabes que é má educação não responder? - fizeram a desforra.
Estão a falar comigo?
Sim contigo, cá na ruela só estamos nós. És zonzo?
Com que intimidade - exclamou ofendido Alf.
Ok, desculpe-nos, nunca viste uns sapatos a falar?
Não! – respondeu ainda estupefacto Alf.
Ah! Aqui está. Leva-nos contigo e dá-nos uma limpadela e te seremos gratos.
Gratos? Quantos são?
Six e Dix - disseram o sapato esquerdo e logo depois o direito - Prazer.
Prazer - disse Alf.
Ah! Aqui está, pois afinal tens um pouco de educação.
Claro! – disse ofendido Alf - Hei-de vos deixar aqui, não pretendam que me ponha a limpar uns sapatos velhos como vocês!
Velhos? Estamos apenas emporcalhados!
Como queiram, mas não lavarei nem far-vos-ei favores...
És um preguiçoso - disse Dix
Ditas estas palavras Alf deu-lhes as costas para ir embora.
Não! Não te vás! Podemos ajudar-te, somos na verdade sapatos eficientes.
Não preciso de ajuda... mas se pudesses exprimir um desejo...
Não! Aquela e a lâmpada... - exclamou Dix
Então adeus...
Podemos fazer-te correr veloz como nunca tenha acontecido contigo, que criança não gostaria de ser o mais veloz?
Veloz? Muito veloz?
Mais do que tu possas imaginar!
Mmm... talvés possam servir-me...
Então, negócio fachado?
Negócio fechado! - confirmou Alf felicíssimo.
Pegou os sapatos e correu para casa, chegado encheu a banheira e os colocou dentro.
Tenha cuidado, desta forma afogar-nos-á! - gritaram os sapatos mergulhando na água e sabão enquanto Alf lhes esfregava.
Como são lamurientos!
Aposto que não dizes a mesma coisa quando a tua mãe te esfrega a cabeça... - responderam à letra.
Caluda! A mamã poderia vos ouvir...
De facto, a voz suspeitosa da mamã não tardou a chegar vindo do corredor:
Alf! Alf, com quem estás a falar na casa de banho?
Sossega mamã, estou a fazer o banho...
O banho? - a mamã espantou-se porque normalmente tinha de convencê-lo usando a força.
Sim, o banho.
Perfeito - disse a mamã satisfeita visto que finalmente se ocupava da sua higiena pessoal sem que ela tivesse que repreendê-lo.
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