A Bíblia Sagrada - Vol. I (Parte 2/2)

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A Imutável Lei de Deus

O Futuro dos Estados Unidos

"ABRIU-SE no Céu o templo de YAHWEH, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo." Apocalipse 11:19. A arca do concêrto de Elohim (Deus) está no santo dos santos, ou lugar santíssimo, que é o segundo compartimento do santuário. No ministério do tabernáculo terrestre, que servia como "exemplar e sombra das coisas celestiais," êste compartimento se abria sòmente no grande dia da expiação, para a purificação do santuário. Portanto, o anúncio de que o templo de Elohim (Deus) se abrira no Céu, e de que fôra vista a arca de Seu concêrto, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar o Messias ali para efetuar a obra finalizadora da expiação. Os que pela fé seguiram seu Sumo Sacerdote, ao iniciar Êle

o ministério no lugar santíssimo, contemplaram a arca de Seu concêrto. Como houvessem estudado o assunto do santuário, chegaram a compreender a mudança operada no ministério do Salvador, e viram que Êle agora oficiava diante da arca de Elohim (Deus), pleiteando com Seu sangue em favor dos pecadores.

Citação:

"A arca que estava no tabernáculo terrestre continha as duas tábuas de pedra, ondo estavam escritos os preceitos da lei de Elohim (Deus). A arca era um mero receptáculo das tábuas da lei, a presença desses preceitos divinos é que lhes dava valor a santidade. Quando foi aberto o templo de Elohim (Deus) no Céu, foi vista a arca do Seu concerto. No lugar santíssimo, no santuário celestial, é onde se encontra inviolavelmente encerrada a lei divina - lei promulgada pelo próprio Elohim (Deus) entre os trovões do Sinai, e escrita com o Seu próprio dedo nas tábuas de pedra."

de: "O Grande Controvérsia", Ellen White, 1888, Gihon Publishing

A lei de Elohim (Deus) no santuário celeste é o grande original, de que os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registados por Moisés no Pentateuco, eram uma transcrição exata. Os que chegaram à compreensão dêste ponto importante, foram assim levados a ver o caráter sagrado e imutável da lei divina. Viram, como nunca dantes, a fôrça das palavras do Salvador: "Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei." S. Mateus 5:18. A lei de Elohim (Deus), sendo a revelação de Sua vontade, a transcrição de Seu caráter, deve permanecer para sempre, "como uma feel testemunha no Céu." Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til se mudou. Diz o salmista: "Para sempre, Ó YAHWEH, a Tua palavra permanece no Céu." São "fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre." Salmo 119:89; 111:7 e 8.

No próprio centro do decálogo está o quarto mandamento, conforme foi a princípio proclamado: "Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dial trabalharás, a farás tôda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado de YAHWEH teu Elohim (Deus): não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fêz YAHWEH os céus e a Terra, o mar a tudo que nêles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou YAHWEH o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-11.

O Espírito de Elohim (Deus) tocou o coraçáo dos que estudavam a Sua Palavra. Impressionava-os a convicção de que haviam ignorantemente transgredido êste preceito, deixando de tomar em consideração o dia de repouso do Criador. Começaram a examinar as razões para a observância do primeiro dia da semana em lugar do

dia que Elohim (Deus) havia santificado. Não puderam achar nas Escrituras prova alguma de que o quarto mandamento tivesse sido abolido, ou de que o sábado fôra mudado; a bênção que a princípio aureolava o sétimo dia nunca fôra removida. Sinceramente tinham estado a procurar conhecer a fazer a vontade de Elohim (Deus); agora, como se vissem transgressores de Sua lei, encheu-se-lhes o coração de tristeza, e manifestaram lealdade pare com Elohim (Deus), santificando Seu sábado.

Muitos e tenazes foram os esforços feitos pare subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modêlo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Elohim (Deus), e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segrêdo da oposição atroz a decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério do Messias no santuário celestial. Os homens procuravam fechar a porta que Elohim (Deus) havia aberto, a abrir a que Êle fechara. Mas "O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre," tinha declarado: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar." Apocalipse 3:7 e 8.

O Messias abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e dernonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Elohim (Deus) estabeleceu ninguém pode derribair.

Os que aceitaram a luz relative à mediação do Messias e à perpetuidade da lei de Elohim (Deus), acharam que estas eram as verdades apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse. As mensagens dêste capítulo constituem uma tríplice advertência, que deve preparar os habitantes da Terra pare a segunda vinda do Senhor. O anúncio: — "Vinda é a hora do Seu juízo" — aponta pare a obra finalizadora do ministério do Messias para a salvação dos homens. Anuncia uma verdade que deve ser proclamada até que cesse a intercessão do Salvador, a Êle volte à Terra para receber o Seu povo. A obra do juízo que começou em 1844, deve continuar até que os casos de todos estejam decididos, tanto dos vivos como dos mortos; disso se conclui que ela se estenderá até ao final do tempo de graça pare a humanidade. A fim de que os homens possam preparar-se para estar em pé no juízo, a mensagem lhes ordena temer a Elohim (Deus) a dar-Lhe glória, "e adorar Aquêle que fêz o céu e a Terra, e o mar, e as fontes das águas." O resultado da aceitação destas mensagens é dado nestas palavras: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de YAHWEH, e a fé de Yahshua." A fim de se prepararem para o juízo, é necessário que os homens guardem a lei de Elohim (Deus). Esta lei será a norma de caráter no juízo. Declara o apóstolo S. Paulo: "Todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados. ... No dia em que Elohim (Deus) há de julgar os segredos dos homens por Yahshua o Messias." E ele diz que "os que praticam a lei hão de ser justificados." Romanos 2:12-16. A fé é essencial a fim de guardar-se a lei de Elohim (Deus); pois "sem fé é impossível agradar-Lhe." "E tudo que não é de fé, é pecado." Hebreus 11:6; Romanos 14:23.

Pelo primeiro anjo os homens são chamados a temer a Elohim (Deus) e dar-Lhe glória, e adorá-Lo como o Criador do céu e da Terra. A fim de fazer isto devem obedecer à Sua lei. Diz o sábio: "Teme a Deus/YAHWEH Elohim, a guarda os Seus mandamentos; porque êste é o dever de todo o homem." Eclesiastes 12:13. Sem a obediência a Seus mandamentos nenhum culto pode ser agradável a Elohim (Deus). "Êste é o amor de YAHWEH: que guardemos os Seus mandamentos." "O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável." I S. João 5:3; Provérbios 28:9.

O dever de adorar a Elohim (Deus) se baseia no fato de que Êle é o Criador, a que a Êle todos os outros sêres devem a existência. E, onde quer que se apresente, na Bíblia, Seu direito à reverência e adoração, acima dos deuses dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. "Todos os deuses dos povos são coisas vãs; mas YAHWEH fez os céus." Salmo 96:5. "A quern pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, a vêde quem criou estas coisas." "Assim diz YAHWEH que tens criado os céus, o Elohim (Deus) que formou a Terra, e a fêz; … Eu sou YAHWEH, e não há outro." Isaías 40:25 e 26; 45:18. Diz o salmista: "Sabei que YAHWEH é Elohim (Deus): foi Êle, a não nós, que nos fêz povo Seu." "Ó, vinde, adoremos, a prostremo-nos; ajoelhemo-nos diante de YAHWEH que nos criou." Salmo 100:3; 95:6. E os sêres santos que adoram a Elohim (Deus) nos Céus, declaram porque Lhe é devida sua homenagem: "Digno és, Elohim (Deus), de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste tôdas as coisas." Apocalipse 4:11.

No capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Elohim (Deus). Um dêsses mandamentos aponta diretamente para Elohim (Deus) como sendo o Criador. O quarto preceito declara: "O sétimo dia é o sábado de YAHWEH teu Elohim (Deus) ... porque em seis dias fêz YAHWEH os céus e a Terra, o mar e tudo que nêles há, e ao sétimo dia descansou; portanto ahençoou YAHWEH o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:10 e 11. Acêrca do sábado, diz mais YAHWEH ser êle "um sinal, ... para que saibais que Eu sou YAHWEH vosso Elohim (Deus)." Ezequiel 20:20. E a razão apresentada é: "Porque em seis dias fêz YAHWEH os céus e a Terra, e ao sétimo dia descansou a restaurou-Se." Êxodo 31:17.

"A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Elohim (Deus)" - porque Êle é o Criador, a nós as Suas criaturas. "O sábado, portanto, está no fundamento mesmo du culto divino, pois ensina esta grande verdade da maneira mais impressionante, e nenhuma outra instituição faz isso. O vedadeiro fundamento para o culto divino, não meramente o daquele que se realiza no sétimo dia, mas de todo o culto, encontra-se na distinção entre o Criador a Suas criaturas. Êste fato capital jamais poderá tornar-se obsoleto, a jamais deverá ser esquecido." - História do Sábado, J. N. Andrews. Foi para conservar esta verdade sempre perante o espírito dos homens que Elohim (Deus) instituiu o sábado no Éden; e, enquanto o fato de que Êle é o nosso Criador continuar a ser razão por que O devamos adorar, permanecerá o sábado como sinal a memória disto. Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos a afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo. A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Elohim (Deus), "Aquêle que fêz o céu, e a Terra, e o mar, a as fontes das águas." Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Elohim (Deus) a guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento.

 

Em contraste com os que guardam os mandamentos de Elohim (Deus)/YAHWEH e têm a fé de Yahshua, o terceiro anjo indica outra classe, contra cujos erros profere solene e terrível advertência: "Se alguém adorar a bêsta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de YAHWEH." Apocalipse 14:9 e 10. Para a compreensão desta mensagem é necessária uma interpretação correta dos símbolos empregados. Que se representa pela besta, pela imagem e pelo sinal?

A cadeia de profecias na qual se encontram êstes símbolos, começa no capítulo 12 de Apocalipse, com o dragão qua procurava destruir de Messias em Seu nascimento. Declara-se qua o dragão é Satanás (Apocalipse 12:9); foi êle que atuou sôbre Herodes a fim de matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao fazer guerra contra o Messias e Seu povo, durante os primeiros séculos da era cristã, foi o Império Romano, no qual o paganismo era a religião dominante. Assim, conquanto o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã.

No capítulo 13 (vers. 1-10), descreve-se a bêsta "semelhante ao leopardo," à qual o dragão deu "o seu poder, o seu trono, e grande poderio." Êste símbolo, como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, que se sucedeu no poder, trono e poderio uma vez mantidos pelo antigo Império Romano. Declara-se quanto à bêsta semelhante ao leopardo: "Foi-lhe dada uma bôca para proferir grandes coisas e blasfêmias. ... E abriu a sua bôca em blasfêmias contra YAHWEH, para blasfemar do Seu nome, a do Seu tabernáculo, e dos clue habitam no Céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, a vencê-los; a deu-se-lhe poder sôbre tôda a tribo, e lingua, e nação." Apocalipse 13:6 e 7. Esta profecia, que é quase idêntica à descrição da ponta pequena de Daniel 7, refere-se inquestionàvelmente ao papado.

"Deu-se-lhe poder para continuar por quarenta a dois meses." E, diz o profeta, "vi uma de suas cabeças como ferida de morte." E, mais, "se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto." Os quarenta a dois meses são o mesmo que "tempo, tempos, e metade de um tempo," três anos e meio, ou 1.260 dias, de Daniel 7, tempo durante o qual o poder papal deveria oprimir o povo de Elohim (Deus). Êste período, conforme se declara nos capítulos precedentes, começou com a supremacia do papado, no ano 538 de nossa era, e terminou em 1798. Nesta ocasião o papa foi aprisionado pelo exército francês, e o poder papal recebeu a chaga mortal, cumprindo-se a predição: "Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá."

Neste ponto é introduzido outro símbolo. Diz o profeta: "Vi subir da Terra outra bêsta, a tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro." Apocalipse 13:11. Tanto a aparência desta bêsta como a maneira por que surgiu, indicam que a nação por ela representada é dissemelhante das qua são mostradas sob os símbolos precedentes. Os grandes reinos que têm governado o mundo foram apresentados ao profeta Daniel como feras rapinantes, que surgiam quando "os quatro ventos do céu combatiam no mar grande." Daniel 7:2. Em Apocalipse 17, um anjo explicou que águas representam "povos, e multidões, e nações, e línguas" (verso 15). Ventos são símbolos de contendas. Os quatro ventos do céu a combaterem no mar grande, representam as terríveis cenas de conquista e revolução, pelas quais os reinos têm atingido o poder.

Mas a bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro foi vista a "subir da terra." Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente. Não poderia, pois, surgir entre as nacionalidades populosas e agitadas do Velho Mundo - êsse mar turbulento de "povos, e multidões, e nações, e línguas." Deve ser procurada no Continente Ocidental.

Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de fôrça e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismàvelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vêzes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. A bêsta foi vista a "subir da terra"; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida "subir" significa literalmente "crescer ou brotar como uma planta." E, como vimos, a nação deveria surgir em território prèviamente desocupado. Escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do "mistério de sua procedência do nada" (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho), a diz: "Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império." Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava "emergindo" e "no silêncio da terra aumentando diàriamente seu poder e orgulho." - The Dublin Nation. Eduardo Everett, em discurso sôbre os peregrinos, fundadores desta nação, disse: "Procuraram um local afastado, inofensivo por sua obscuridade, e seguro pela distância, onde a pequena igreja de Leyden pudesse gozar da liberdade de consciência? Eis as imensas regiões sôbre as quais, em conquista pacífica, ... implantaram os estandartes da cruz!' - Discurso pronunciado em Plymouth, Mass., em 22 de dezembro de 1824.

"E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro." Os cornos semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a "subir" em 1798. Entre os exilados cristãos que primeiro fugiram para a América e buscaram asilo contra a opressão real e a intolerância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um govêrno sôbre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa. Suas idéias tiveram guarida na Declaração da lndependência, que estabeleceu a grande verdade de que ''todos os homens são criados iguais," e dotados de inalienável direito à "vida, liberdade, e procura da felicidade." E a Constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis. Foi também concedida liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Elohim (Deus) segundo os ditames de sua consciência. Republicanismo e protestantismo tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Êstes princípios são o segrêdo de seu poder e prosperidade. Os oprimidos e conculcados de tôda a cristandade têm-se volvido para esta terra com interêsse e esperança. Milhões têm aportado às suas praias, e os Estados Unidos alcançaram lugar entre as mais poderosas nações da Terra.

Mas a bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro "falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira bêsta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira bêsta, cuja chaga mortal fôra curada. E ... dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à bêsta que recebera a ferida da espada e vivia." Apocalipse 13:11-14.

Os cornos semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão dêste símbolo indicam contradição flagrante entre o que professa e pratica a nação assim representada. A "fala" da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por êsses atos desmentirá os princípios liberais a pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política. A predição de falar "como o dragão," e exercer "todo o poder da primeira bêsta", claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela bêsta semelhante ao leopardo. E a declaração de que a bêsta de dois cornos faz com "que a Terra a os que nela habitam adorem a primeira bêsta," indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado.

Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios dêste govêrno, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência, e à Constituição. Os fundadores da nação procuraram sàbiamente prevenir o emprêgo do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado - intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que "o Congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o seu livre exercício," e que "nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos." Sòmente em flagrante violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a bêsta de cornos semelhantes aos do cordeiro - professando-se pura, suave e inofensiva - qua fala como o dragão.

"Dizendo aos que habitam na Terra qua fizessem uma imagem à bêsta." Aqui se representa claramente a forma de govêrno em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia.

Mas o que é a "imagem à bêsta?" e como será ela formada? A imagem é feita pela bêsta de dois cornos, e é uma imagem à primeira bêsta. E também chamada imagem da bêsta. Portanto, pare sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar os característicos da própria bêsta - o papado.

Quando se corrompeu a primitive igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho a aceitando ritos a costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Elohim (Deus); e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da "heresia." A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da bêsta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o govêrno civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins.

Quando quer que a igreja tenha obtido o poder secular, empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de consciência. Dá-se um milhares de ministros não conformistas foram obrigados a deixar exemplo disto na prolongada perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os séculos dezesseis e dezessete, as igrejas, e muitos, tanto pastôres como do povo em geral, foram submetidos a multa, prisão, tortura a martírio.

Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado - a bêsta. Disse S. Paulo: "... sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado". II Tessalonicenses 2:3. Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem à bêsta.

A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos. "Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais a mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de YAHWEH, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela." II Timóteo 3:1-5. "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." I Timóteo 4:1. Satanás operará "com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça." E todos os que "não receberam o amor da verdade para se salvarem," serão abandonados à mercê da "operação do êrro para que creiam a mentira." II Tessalonicenses 2:9-11. Quando fôr atingido tal estado de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos.

 

A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esfôrço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessàriamente evitar tôda discussão de assuntos em que não estejam todos de acôrdo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico.

Carlos Beecher, em sermão pronunciado em 1846, declarou que o ministério das denominações evangélicas protestantes "não somente é formado sob terrível pressão do mero terror humano, mas também vive, move-se e respira num meio totalmente corrupto, e que cada instante apela para todo o elemento mais viI de sua natureza, a fim de ocultar a verdade a curvar os joelhos ao poder da apostasia. Não foi desta maneira que as coisas se passaram com Roma? Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho? E que vemos precisamente diante de nós? Outro concílio geral! Uma convenção mundial! Aliança evangélica, e credo universal!" - Sermão sôbre: A Bíblia Como um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Ind., a 22 de fev. de 1846. Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à fôrça.

Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável.

A bêsta de dois chifres "faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja pôsto um sinal na sua mão direita ou nas suas testes; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquêle que tiver o sinal, ou o nome da bêsta, ou o número do seu nome." Apocalipse 13:16 e 17. A advertência do terceiro anjo é: "Se alguém adorar a bêsta, e a Sua imagem, e receber o sinal na sue testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de YAHWEH." Apocalipse 14:9,10. "A bêsta" mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela bêsta de dois cornos, é a primeira, ou a bêsta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do Apocalipse - o papado. A "imagem da bêsta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o "sinal da bêsta."

Depois da advertência contra o culto à bêsta e sua imagem, declara a profecia: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de YAHWEH, e a fé de Yahshua." Apocalipse 14:12. Visto os que guardam os mandamentos de Elohim (Deus) serem assim colocados em contraste com os que adoram a bêsta e sua imagem, e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus/YAHWEH, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus/YAHWEH e os da bêsta.

O característico especial da bêsta, e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus/YAHWEH. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado: "Cuidará em mudar os tempos e a lei." Daniel 7:25. E S. Paulo intitulou o mesmo poder: "o homem do pecado," que deveria exaltar-se acima de Elohim (Deus). Uma profecia é o complemento da outra. Unicamente mudando a lei de Deus/YAHWEH poderia o papado exaltar-se acima

de Elohim (Deus); quem quer que conscientemente guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais seria um sinal de vassalagem ao papa em lugar de Elohim (Deus).

O papado tentou mudar a lei de Deus/YAHWEH. O segundo mandamento, que proíbe o culto às imagens, foi omitido da lei, e o quarto foi mudado de molde a autorizar a observância do primeiro dia em vez do sétimo, como sábado. Mas os romanistas aduzem como razão para omitir o segundo mandamento ser êle desnecessário, achando-se incluído no primeiro, e que estão a dar a lei exatamente como era o desígnio de Elohim (Deus) fôsse ela compreendida. Esta não pode ser a mudança predita pelo profeta. É apresentada uma mudança intencional, com deliberação. "Cuidará em mudar os tempos e a lei." A mudança no quarto mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é a da igreja. Aqui o pader papal se coloca abertamente acima de Elohim (Deus).

Enquanto os adoradores de Elohim (Deus) se distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento - dado o fato de ser êste o sinal de Seu poder criador, a testemunha de Seu direito à reverência e homenagem do homem - os adoradores da bêsta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como "o dia de Senhor." A Escritura Sagrada, porém, indica o sétimo dia, e não o primeiro, como o dia de YAHWEH. Disse o Messias: "O Filho do homem é Senhor até do sábado." O quarto mandamento declara: "O sétimo dia é o sábado de YAHWEH." E pelo profeta Isaías YAHWEH the chama: "Meu Santo dia." S. Marcos 2:28; Isaías 58:13.

A alegação tantas vêzes feita, de que o Messias mudou o sábado, é refutada por Suas próprias palavras. Em Seu sermão no monte, disse Êle: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar um dêstes mais pequenios mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus; aquêle, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus." S. Mateus 5:17-19.

É fato geralmente admitido por protestantes que as Escrituras não autorizam em nenhuma parte a mudança do sábado. Isto se acha plenamente declarado nas publicações editadas pela Sociedade Americana de Tratados e pela União Americana das Escolas Dominicais. Uma dessas obras reconhece "o completo silêncio do Novo Testamento no que respeita a um mandamento explícito para o domingo ou a regras defïnidas para a sua observância." - The Abiding Sabbath, Jorge Elliott, pág. 184.

Outra diz: "Até ao tempo da morte do Messias nenhuma mudança havia sido feita no dia" (O Dia do Senhor, A. E. Waffle); e, "pelo que se depreende do relato sagrado, êles [os apóstolos] não deram ... nenhum mandamento explícito ordenando o abandono do repouso do sétimo dia, a sua observância no primeiro dia da semana." - Idem.

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