Buch lesen: «Caído Do Céu»
Capítulo:
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo I
O filho dele, com os seus sapatos de sola dura, vai correndo à volta da casa, contando de um a dez, repetindo os números, saltando-os, por vezes; a voz dele faz eco, o teto é muito alto, a casa é muito alta, o suficiente para fazer com que lá coubesse uma girafa adulta, desde o porão até ao telhado.
Mas o filho dele continua a correr, contando sempre com uma melodia contagiante, que, se se baixar uns quantos tons, torna-se uma canção de terror; mas é uma criança inofensiva e delicada. Quando aprendeu a dizer “água”, os pais dele sentiram-se orgulhosos. Falavam com ele como se fosse adulto. Poderia ter dito qualquer outra palavra, mas o seu princípio básico de criança levou-o a dizer só isto: “água”.
O pai dele está confinado ao escritório – um gabinete humilde que não condiz com o tamanho da casa. Vê os e-mails, as notas, uma ou outra sondagem ou alguns gráficos referentes a uma das empresas que administra.
Parece um homem bem-sucedido, mas não é mais do que um homem com um peso em cima dos ombros; vive numa casa que está na família há gerações – e que não é mais do que uma cicatriz no tempo, um monumento à memória dos anciões e dos mortos. Por isso, não gastou com a casa mais do que o dinheiro necessário para que não caísse nem fosse comida por térmitas, além dos pormenores a que tanta atenção prestava. É uma daquelas casas de madeira; não é à toa que os sapatos do filho dele fazem eco.
O pai, Juan, – um acionista, dono da sua própria empresa, gerente de outra, encarregado da administração de várias empresas e antigo genro do dono de mais outra – tem os rendimentos necessários para oferecer uma boa qualidade de vida ao seu único filho, Samir, durante duas ou três vidas inteiras. Chamava-se assim por causa do avô, um homem humilde que nasceu e morreu neste mesmo apartamento.
Juan e Samir são uma dupla; não há amor maior que o deles. É o seu primeiro e único filho, a sua única recordação, a única planta que semeou, que rega todos os dias sem falta, que espera que cresça forte e saudável, e por quem voltaria a dar tudo, se fosse necessário.
O computador toca, repetidamente. Arrepende-se do momento em que decidiu ativar o toque de notificação das mensagens; suporta um único som: o dos números naturais que o filho dele tanto recita. Mas o computador continua a tocar. Parece piada que esteja tão requisitado ultimamente. Porém, desta vez recebe uma mensagem que lhe chama a atenção. É um e-mail desconhecido, e foi o assunto em letras maiúsculas que lhe despertou a curiosidade.
POR FAVOR, ADMIRÁVEL SR. DUARTE, DÊ-ME A HONRA DE O ENTREVISTAR.
Primeiro, leu o assunto. A seu ver, isto não era forma de se escrever a alguém a quem se estava a pedir uma entrevista exclusiva. Tentou ver se conseguia decifrar o que diria o resto da mensagem; se era algum tipo de spam ou outra coisa inútil. Mas, por alguma razão, a mensagem parecia honesta. De qualquer forma, se não fosse, não perderia nada em abri-la.
– Bom dia, senhor Duarte.
Escrevo-lhe a pedido do meu chefe, que deseja que eu lhe faça uma entrevista exclusiva para a The Business Art Magazine, com o propósito de saber mais sobre si e sobre como gere o seu sucesso. Gostaria de saber se estaria interessado em ser entrevistado pessoalmente. Ficar-lhe-ia muito grata se não fosse pelo Skype ou qualquer outra rede – tendo a ser um pouco tradicional, e gostaria de poder entrevistá-lo desta forma.
Sem mais delongas, aguardo ansiosamente a sua resposta. Agradeço a sua atenção.
Mar Gálvez.
– Bem, parece interessante – disse Juan, enquanto se inclinava para o computador, para responder à mensagem. Fez um pequeno alongamento e começou a escrever – seria indelicado dizer que não à The Business Art Magazine.
Mar não estranhou quando viu que lhe tinham respondido, apesar de estar acostumada a receber mensagens com vários dias de espera. Já não era uma novata; estava preparada para responder a qualquer situação. O facto de um empresário importante responder ao e-mail imediatamente depois de o ter enviado não era uma situação para se alarmar. No passado, talvez não tivesse sabido se deveria responder-lhe imediatamente ou deixá-lo esperar, mas agora já não representava um problema.
Posou os papéis que trazia consigo e pôs o casaco de lado. Estava decidida a ir-se embora, mas resolveu ler o e-mail o quanto antes, para não fazer o remetente esperar; parecia-lhe um pouco indelicado não responder com a mesma eficiência. Aproximou-se do computador e leu a mensagem.
– Bom dia, senhora Gálvez.
Sinto-me lisonjeado por quererem fazer um artigo sobre mim. Não me lembro do momento em que fiz algo de relevante para merecer a atenção da TBAM, mas já que a oportunidade se apresenta, quem sou eu para a rejeitar? Não tenho nenhum problema em fazer a entrevista pessoalmente, e se lhe parecer bem, poderemos fazê-la aqui, na minha casa. Tenho espaço suficiente para que se sinta à vontade. Obrigado pelo seu interesse. Se tiver algum pedido antes de realizar a entrevista, não hesite em comunicar-mo.
Atentamente,
Juan Duarte.
Surgiu um pequeno sorriso no rosto de Mar, e esta inclinou-se para escrever. Enviou a mensagem dela, decidindo que poderia ver a resposta em casa, e ir-se embora antes que se fizesse tarde. Saiu do escritório e foi para o elevador o mais depressa possível, para se meter no carro e ir para casa, evitando assim o trânsito ou qualquer outro inconveniente. Desejava chegar a casa, sair, passar algum um tempo a sós, desfrutar de um jantar delicioso para um. Esta seria a entrevista número 100, pelo que Mar queria que fosse especial. Iam dar-lhe um aumento – acontecia sempre neste tipo de situações.
A noite passou-se tranquilamente: Mar pediu o prato mais caro do menu, acabou o jantar, pediu a sobremesa, levantou-se e abandonou o restaurante. Se tudo corresse como previsto, em breve, teria dinheiro suficiente para se mimar com um jantar melhor do que este todas as noites, sem se lamentar. Já ganhava uma quantia apropriada, mas com o próximo aumento, ficaria tudo em ordem. Meteu-se no carro e voltou para casa. Tomou um banho quente; depois, ligou o portátil, para ver os e-mails e para se distrair um pouco. Tinha planeado ter um fim de semana tranquilo e em paz.
Re: Re: Re: POR FAVOR, ADMIRÁVEL SR. DUARTE, DÊ-ME A HONRA DE O ENTREVISTAR.
Leu o assunto do e-mail e, durante uns segundos achou que era demasiado tarde para começar uma conversa, mas não lhe interessou.
A resposta de Mar à mensagem de Juan foi:
– Obrigada por responder tão rapidamente, Sr. Duarte. Se deseja que a entrevista seja feita em sua casa, por mim, não há problema; não preciso de estar confortável, mas agradeço a atenção. Quanto ao pedido adicional, gostaria de estabelecer os parâmetros da entrevista: definir aquilo de que quer que se fale e de que não quer que se fale. Se há algum assunto em que não deseja tocar, etc. Se não lhe ocorre nenhuma objeção nem nenhuma fronteira que não queira que atravesse, então só falta saber quando nos encontraríamos para dar início à entrevista.
Aguardo a sua resposta.
Ao que Juan responde:
– Fronteiras? Não sei se há alguma coisa que uma revista de negócios não deva saber, nem de que outro assunto possa querer falar durante a entrevista. Mas, desde que não seja imprudente com as perguntas que fizer, estarei disposto a responder sem quaisquer protestos. Por outro lado, quanto ao dia da entrevista, não tenho nada para fazer precisamente esta semana. Decidi passar algum tempo a sós com o meu filho, (como faço constantemente, para ser franco), e acho que seria o ideal para falar com calma e para a ajudar com o seu trabalho. Pode ser amanhã ou depois de amanhã, se não tiver problemas em trabalhar num domingo. Eu não tenho.
Neste caso, só falta que me diga se concorda com o que proponho, e eu envio-lhe a morada da minha casa – ou, se não tiver automóvel, mando alguém ir buscá-la. De qualquer forma, seria bom que me respondesse assim que ler esta mensagem.
Mar leu a mensagem, levantou-se, vestiu o pijama, preparou a cama para se deitar e dirigiu-se ao computador, para responder a Juan.
– Boa noite, Sr. Duarte.
Cheguei agora a casa e acabei de ler a sua mensagem. Peço-lhe que me desculpe a demora. Não tenho problema nenhum em começar amanhã, mas gostaria de começar no domingo, para desfrutar do sábado. Sim, por favor envie-me a sua morada. Estarei aí cedo.
Até lá, Sr. Duarte. Boa noite.
Capítulo II
O sábado começou como qualquer outro dia. Mar despertou, e viu que o senhor Duarte lhe tinha enviado a morada de casa, juntamente com o número de telemóvel, para que o avisasse quando estivesse por perto – ou caso se perdesse com as indicações que lhe tinha dado.
Fez o pequeno-almoço e decidiu investir o tempo dela na preparação das perguntas que faria na entrevista. Fez uma investigação sobre a bolsa de valores, para estar a par do balanço das empresas do senhor Duarte, das empresas que integrava, do historial dele com as mesmas, entre outras coisas.
Mar tinha a intenção de conhecer o homem através do seu trabalho, e supunha que a chave do sucesso dele estava escondida nalgumas das decisões financeiras que este tomara. Era assim que mantinha vivo o amor pelo que fazia e por aquilo de que gostava. No caso de Mar, era a investigação, unir pontas soltas; analisar, compreender e escrever.
No início da carreira, a repórter percebeu, pouco a pouco, que o talento dela valia dinheiro. Percebeu também que não a teriam em consideração num jornal de mexericos nem num noticiário qualquer que perdesse tempo a passar notícias de ontem. Mar queria aparecer no momento, no agora, era esta a meta dela.
Precisou de tempo para ficar a par dos assuntos dos artigos de negócios. Já não vivia num mundo onde era rejeitada por ser mulher; pelo contrário, receberam-na de portas abertas, uma novata cujo único conhecimento do tema era que os números baixavam e subiam, e que muitos tinham dinheiro suficiente para comprar e destruir uma revista qualquer. Era carne fresca; estavam decididos a contratá-la porque contratar um especialista poderia custar-lhes mais dinheiro.
E foi assim que a bolsa de valores entrou na vida dela. No início, encarregava-se de encontrar e de falar de diferentes novatos que construíram o seu próprio caminho em direção ao mundo das finanças, que conseguiram o seu primeiro milhão, que investiram adequadamente. Às vezes, estes mesmos indivíduos assistiam à queda do próprio império e, da mesma forma que todos os caminhos levavam a Roma, cada decisão que tomassem conduzi-los-ia a um único lugar: a bancarrota; Mar concordava com esta analogia.
Por outro lado, foi conhecendo a pouco e pouco a grandeza daqueles que continuavam a trabalhar com empenho. Muitos eram filhos de pais abastados, que cresceram no mundo dos negócios; alguns eram pessoas inteligentes que compreendiam os números como nenhum indivíduo comum seria capaz de o fazer. Outros sabiam manipulá-los e aproveitar-se das debilidades de qualquer pessoa.
Mar, como muitos, encarava o mundo dos negócios como um miserável lugar de pessoas de fato. Não queria ter nada a ver com números nem com transações (embora tecnicamente viva agora disso), não queria tirar medidas para fazer casas, não queria aprender a cozinhar para restaurantes importantes, e também não queria cuidar nem salvar doentes. A cena dela eram as letras, a investigação, seguir os factos e chegar a uma conclusão.
Tentou fazer carreira em pequenos jornais, mas nunca a levaram para onde queria, portanto Mar preferiu começar a trabalhar para algo que pudesse ser lido tanto na Internet como no papel, sem que se tratasse de um sensacionalismo qualquer. Conseguiu um emprego numa revista, algo que considerou um golpe de sorte. Já que lá estava, cresceu à sua maneira.
Construiu a carreira a escrever diferentes artigos; recebeu prémios importantes; falou do sucesso e do fracasso. Foi subindo de posto e construindo um nome. Conheceu o amor, e depois percebeu que nunca foi essencial para ela. Não se imaginava uma mulher casada, pelo que se apaixonou pelo emprego – o único grande amor que conhecia realmente.
Após a investigação exaustiva que fez a respeito do currículo de empresas e de firmas de que o senhor Duarte fazia parte, viu como decisões dele refletiam uma personalidade intuitiva, feroz e decidida. Era um homem que sabia agir sob pressão, tomar decisões difíceis, sem perder com nenhuma delas.
Pareceu-lhe interessante: muitos fazem um lugar no mundo do dinheiro e dos balanços, muitos veem-se como gente importante, como boas pessoas. Ao mesmo tempo, outros cometem fraudes; poucos são só génios. A grande maioria descarrila, perde ou mente durante o processo. Mas, dentro deste pequeno grupo, às vezes podem continuar a ser vistos como empresários intelectuais, que não são consumidos pelo veneno do dinheiro ou dos seus dígitos.
Para ela, o senhor Duarte não era diferente – seguramente, guardava algum segredo para obter ganhos. Talvez fosse só um talento inato ou um desses talentos com os quais se faz contas de cabeça. Mar ficou a saber que os empresários ambicionavam ocupar cargos elevados, como diretores executivos, políticos, burocratas, e que ambicionavam governar empresas reconhecidas de marketing, do setor alimentar, de qualquer ramo.
Após um exame minucioso, Mar apercebeu-se de que Juan parecia ajudar as empresas a que estava associado a sair da crise em que estavam mergulhadas, que as tinha trazido à superfície, que fez delas o que eram hoje. Quando cumpria a missão dele, parava, não fazia grandes despesas, nem lhe foi conhecido nenhum fracasso nem uma grande perda.
Mar deduziu as respostas dele às perguntas dela: “Como chegou ao ponto onde se encontra agora?”, “O que pensa quando toma uma decisão difícil?”, “Gostaria de deixar para trás o mundo da administração de empresas ou continuaria, independentemente de tudo?”, “Considera-se um homem de negócios ou, para si, é apenas um título?”, entre outras. Tinha as perguntas prontas, tinha tomado o pequeno-almoço e ainda não era hora de almoço. Mar sabia o que estava a fazer, e encarregava-se de o fazer muito bem. Tal como os grandes empresários, sabia desembaraçar-se e tinha a sua própria chave para o sucesso.
Juan, como qualquer pai, começou o dia a preparar-se mentalmente para cuidar do filho. Alegre e sem reclamar, fez o pequeno-almoço, desfrutou da manhã ao lado do primogénito dele e organizou o essencial para o dia... Seria o início de uma semana interessante: passaria algum tempo com Samir, desfrutaria de diversões, de atrações familiares e, a certa altura da semana, daria uma entrevista a uma revista importante.
Passada a rotina matinal, foram brincar para o pátio. Samir, que estava a dar uma volta de bicicleta, ia e regressava e, enquanto isto acontecia, Juan pensou: Para saber mais sobre o meu sucesso?
Quando voltava, o pai corria, como se estivesse a ser perseguido, e ficava de um lado, para que Samir desse uma volta inteira pelo pátio da casa. A casa era muito grande, e a volta em bicicleta não lhe ficava atrás em tamanho.
Que terei eu feito que fez com que o mundo dos negócios reparasse em mim?
Juan não estava habituado ao foco da câmara nem a entrevistas. Sabia que lhe pediam para trabalhar em empresas. Era um assessor importante, e detinha uma empresa em crescimento e bem estabelecida.
Tinha a quantidade necessária de contactos, de recursos e de conhecimentos para chegar à presidência de um país do qual não fazia parte, pelo que muitos imaginavam que poderia ser um político importante no país dele.
Mas Juan não era assim; a única preocupação dele era poder viver ao máximo, desfrutar da vida com o filho, não ser um homem consumido pelo trabalho – todavia, isto também não queria dizer que deixasse o trabalho de parte. Portanto, conseguiu ser um empresário com uma excelente posição, sem ter de estar sempre atento ao trabalho.
Sim, ficava uma ou outra noite a tratar de coisas importantes, mas nunca se esquecia do filho. As vantagens de ser o próprio patrão ajudavam-no a estar com o filho no escritório ou nas viagens de negócios.
Muitas vezes, o pequeno Samir dava-lhe ideias, ou auxiliava-o, com alguma pergunta aleatória, a cair em si. Não se poderia dizer que a chave do sucesso dele estava na ajuda que o filho lhe dava, com a sua compreensão imaginária da vida, mas sim que fazia as coisas por ele. Tanto assim era que a maioria das decisões que tomava, para não dizer que todas, traziam o nome do filho dele como cabeçalho.
Tendo pensado muito bem na questão, ao ver como o pequeno Samir dava voltas ao pátio, respondeu a uma das perguntas que julgava que a senhora Gálvez poderia fazer-lhe: A que deve o seu sucesso? A isto, Juan estava seguro de que responderia:
– Ao meu filho.
Tinha razão: grande parte do sucesso dele devia-se ao filho, Samir, e não só à competência de Juan enquanto líder nem ao talento com os números, nem ao que o pai lhe ensinou a respeito dos negócios, de uma carreira e de estudos importantes. Isto, de alguma forma, era apenas uma pequena fração do que o impulsionava para ir longe. Mas esse grande vento que soprava nas velas dele era o filho.
A seu ver, comportava-se talvez como qualquer outro pai atencioso, que não fazia nada do outro mundo ou que não lhe correspondesse. Porém, aos olhos dos outros, era visto como um pai excelente.
O filho de Juan, o seu único filho, era o herdeiro de muitas coisas. Tal como o pai, Samir tinha um registo de acontecimentos importantes às costas. Não tinha mais de 9 anos, portanto, grande parte da vida dele concentrava-se em estudar e em saber o quanto doía uma queda da bicicleta, do skate ou de qualquer outro veículo que lhe tenha sido comprado.
Sentia-se alegre com o pai. Não conhecia a solidão: estava sempre com o pai ou com os amigos – que, embora não tivessem tantos recursos, dispunham de um fluxo aceitável de dinheiro, que lhe permitia desfrutar da mesma qualidade de vida que Samir. Era um rapaz feliz, autodidata, inteligente e divertido. Sabia muitas coisas que aprendia com Juan, que lhe ensinava tudo o que podia para que estivesse preparado para o mundo e para o que quisesse fazer quando fosse grande.
Juan, como sempre, sentia-se orgulhoso da sua masculinidade, mas, mais do que tudo, do filho. Não havia nada no mundo que o fizesse mudar de ideias. Ninguém lhe tiraria o que sentia pelo filho, o que tinha feito. Era a pessoa mais importante da vida dele, e era a única que lhe restava.
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