O Encontro Entre Dois Mundos

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Sítio Fundão, Cimbres-Pernambuco,03 de novembro de 1900



Ultrapassamos os limites do tempo. O destino nos faz chegar ao início do século XX, no mesmo local. Depois de nos materializarmos completamente e nos recuperar da transição, observamos tudo ao derredor e constatamos algumas mudanças. Entre elas, o ar estava mais puro, a vegetação mais densa, o barulho era menor e uma maior quantidade de animais. Tudo era igual e ao mesmo tempo diferente. O que tinha nos levado ali? Não sabíamos, mas em comum acordo decidimos caminhar um pouco e procurar alguma alma viva que nos pudesse orientar.



Então começamos uma nova jornada só que agora mais difícil e excitante. Sem nenhuma trilha a vista, nos embrenhamos na mata fechada suportando pedras,espinhos,e com possibilidades de encontrar bichos venenosos ou até mesmo feras selvagens. Porém, não desistiríamos tão facilmente. Até porque já dominávamos os seis primeiros dons do espírito santo e agora só faltava o detalhe da primeira revelação. Intuitivamente nos deslocamos na direção oeste.



Passamos pelos mesmos lugares de antes só que não o reconhecemos. Estávamos como cegos em meio a um tiroteio, guiados apenas pelo instinto. Neste momento, avançamos lentamente e o tempo demora também a passar. Mas mantemos o essencial, como ensinado por Angel: a persistência, a garra, a coragem, a paciência, a sabedoria e a fé que sempre nos acompanhava nas aventuras. Embora não fosse suficiente, com um pouco de sorte chegaríamos ao ponto certo.



O tempo passa um pouco. Inconscientemente, percebemos que ultrapassamos uma das quatro partes em que o percurso estava dividido. Mas só ficaríamos felizes e tranquilos quando chegássemos ao final e tivéssemos a resposta positiva que esperávamos e afim disso permanecemos na labuta. Alguns passos adiante, encontramos um réptil, nos assustamos, e nos desviamos um pouco. O que faltava acontecer? Não podíamos morrer ou até mesmo decepcionar nossa família, amigos, conhecidos, mestres espirituais e da vida e os leitores. Precisávamos continuar, mesmo que não tivéssemos pista do que nos esperava ou mesmo dos dois tipos de destino que nos acompanhava. A sorte estava lançada.



Depois de estarmos a uma distância segura do animal asqueroso que encontramos no caminho, retornamos a caminhar na direção inicial. Desta feita, aumentamos a nossa precaução. Isto era extremamente necessário a fim de evitar um acidente que impossibilitasse definitivamente o nosso objetivo maior que era fazer o elo entre “dois mundos”. Estas foram as palavras do mestre mas no momento eram totalmente obscuras e distantes de nós. Contudo, estávamos abertos, desde o primeiro momento, a encontrar o fio da meada desse começo intrigante de história.



Estimulados pela nossa força de vontade e pela decisão anterior, continuamos avançando superando os obstáculos naturais da mata. A cada passo dado, nos sentíamos mais seguros e realizados apesar de ainda não termos alcançado o primeiro objetivo. Bem,é uma questão de tempo,penso.Com esta certeza, aumentamos o ritmo na direção desejada e logo percebemos que já passamos da metade do trajeto percorrido em relação ao centro do oeste. Mais um feito. Porém, ainda havia muito a conseguir e não ficaríamos satisfeitos nunca.



Um pouco mais adiante, pela primeira vez, nos sentimos cansados. Resolvemos então parar um pouco. Sentamos no chão, comemos um lanche, bebemos um pouco de líquido e aproveitando o tempo livre refletimos sobre nossa situação atual e planejamos os nossos próximos passos. Depois de muito debater, decidimos permanecer na mesma orientação e esperar um sinal que pudesse nos guiar. Não tínhamos outra escolha a não ser essa. Já que estávamos nos sentindo exaustos, deitamos um pouco, fechamos os olhos, nos concentramos e fugimos um pouco do mormaço. Quando relaxamos o suficiente, um cochilo sobreveio.



Ao acordar, nos sentimos bem melhor, com energias recobradas. Levantamo-nos do chão duro, erguemos a cabeça, e voltamos a caminhar. O que aconteceria? Continuemos juntos, leitor, prestando atenção em detalhes na narrativa. Pouco a pouco, avançamos na caatinga agreste, fazendo malabarismos a fim de desviar dos obstáculos. Auxiliados por nossa experiência em aventuras anteriores, o que nos resta são apenas alguns arranhões provocados por alguns deslizes nossos. Mas, no geral, estávamos nos sentindo bem, prontos para enfrentar o que quer que fosse. Com esta disposição, um pouco além, já nos aproximávamos do objetivo.



Cada vez mais perto, a sensação provocada em nós era de ansiedade e de alívio. Ansiedade por não saber exatamente o que nos esperava e alívio por estarmos perto de descobrir. Mesmo que fracassássemos agora, nos sentíamos orgulhosos de nós mesmos por ter cumprido seis etapas e desenvolvido seis dons do espírito santo. Éramos mesmo vencedores, desde o início do projeto “o vidente” até o presente momento.



Com esta certeza, superamos tudo e vamos avançando. Logo à frente, a mata se abre, entramos num caminho e com mais alguns passos visualizamos o destino: Estávamos em frente a uma casinha de taipa, no centro do oeste do sítio. Neste exato momento, lembramos dos desafios e constatamos que se tratava da casa que pertencera a meu avô Vítor. Cheios de curiosidade e esperança, avançamos mais e batemos a porta da referida residência. Esperamos um pouco e surge de dentro, uma mulher, morena escura e robusta, com corpo bem definido e mal trajada vem nos atender.



—Pois não, jovens, em que posso ajudá-los? (Pergunta)



—Meu nome é Aldivan e este que me acompanha se chama Renato, poderia nos oferecer um gole de água? (O vidente)



—Sim,claro. Eu me chamo Filomena, ao seu dispor. Não temos muito, mas pelo menos água tem. Podem entrar— Respondeu ela.



Aceitamos o convite, acompanhamos a mulher, entramos na casa, chegamos a sala e a anfitriã nos oferece assentos. Sentamos, descansamos um pouco e a mesma vai a cozinha pegar a água. Passado uns cinco minutos, ela retorna, risonha carregada com dois copos de água. Nós tomamos rapidamente e Filomena puxa assunto mais uma vez.



—Os senhores são estrangeiros? Nunca os vi por aqui.



—Pode ser dizer que sim. Algo nos conduziu até aqui. (O vidente)



—Em resumo, somos turistas em busca de um pouco de paz e conhecimento. (Renato)



—Ah, entendi. São da capital? (Indaga ela)



—Não. Somos duma cidade próxima. (O vidente)



—Vive sozinha aqui? (Renato)



—Sou casada. Tenho também um filho recém-nascido. Apesar das dificuldades, somos felizes. (Filomena)



—Onde está seu marido? (O vidente)



—Está no trabalho, preparando um terreno para fazer a roça do ano que vem. Esperamos ter um bom lucro e assim não ter que passar fome em algum momento do ano. (Filomena)



—Entendi. Deve ser uma barra depender só da agricultura para sobreviver e ainda mais tendo filhos. (O vidente)



—Na minha família era assim. Trabalhávamos feito condenados com o intuito de sobreviver. Quando não havia lucro, o problema era grande. (Renato)



—É como diz o jovem. Mas não temos escolha. Na vida, só sabemos lidar com enxadas e foices. Somos burros quadrados. (Filomena)



—Que é isso, não fale assim. Todo trabalho é digno e todos somos iguais diante de Deus. O importante são os bons sentimentos que carregamos no peito. (O vidente)



—Nos conhecemos a pouco, mas já percebemos a sua grandeza. Isto é muito importante. Obrigado pela água. (Renato)



—De nada. (Filomena)



Um barulho atrapalha a conversa: Um choro de um bebê. Filomena fica triste e agitada e desabafa conosco:



—O bebê está com fome e não tenho nada a oferecer, a não ser chá. Vou ver se o engano.



Dito isto, a mesma foi a cozinha esquentar no fogão de lenha o chá já preparado. A acompanhamos e a ajudamos. Quando fica pronto, vamos ao quarto. Filomena pega o bebê, coloca no colo e dá o chá através da mamadeira. Apesar de beber o líquido, o mesmo não para de chorar. A mãe se desespera e o coloca de volta no berço improvisado. Aproximo-me do bebê, perguntamos seu nome e fico sabendo que se chama Vítor. Um choque. Estava diante do meu antepassado, um ser cheio de dons. O menino, de cabelos pretos, olhos castanhos claros e um pouco escuro, se remexia de um lado para outro. O toco mas nada de especial acontece. Apenas sinto um calafrio ocasionado pela barreira do tempo. Porém, sem que eu perceba, Renato se aproxima, pega a minha mão e juntos tocamos novamente no menino. Imediatamente, entramos em transe, ultrapassamos novamente o limite do tempo, visualizamos passado, presente e futuro simultaneamente. A história então se revela por completo.





1-Infância

1.1-Sitio Fundão,01 de agosto de 1900-Nascimento



Era uma tarde ensolarada de quarta-feira. O casal Filomena e Jilmar estavam a descansar frente a sua pequena e simples e casa. Já tinham completado um ano de casamento e de mudança da sede do município Cimbres (Atual Pesqueira),e estavam muito felizes apesar das grandes dificuldades financeiras que se encontravam. Jilmar, ainda no tempo de namoro, trabalhara como condenado como ajudante de carga a fim de juntar dinheiro e comprar um pequeno pedaço de terra e fora ajudado pela então noiva Filomena que fazia rendas. Quando juntaram dinheiro suficiente, casaram, mudaram-se para o sítio, e começaram uma vida a dois. Com pouco tempo, Filomena se achara grávida.



Nesta mesma tarde, completara os longos nove meses de espera. Descansando e pensando no futuro, repentinamente, Filomena começou a sentir as dores, pediu ajuda ao marido que saiu em disparada, a cavalo, a procurar uma parteira. O jovem Vítor se apressava em estrear num mundo cheio de misérias, dificuldades, mas que também era belo e prazeroso. No tempo em que ficou sozinha, Filomena começou a recitar orações dirigidas a Nossa senhora do bom parto e elas aliviaram um pouco sua ansiedade e dores. Quando menos esperava, seu marido Jilmar voltou com a parteira graça, a levaram para o quarto e com a ajuda dos dois depois de duas horas angustiantes, o menino enfim nasceu.

 



Começava aí mais uma trajetória espetacular da linhagem Torres, uma raça de seres humanos especial, cheia de diversos dons. Com o passar do tempo, se revelaria sua inclinação para as artes ocultas e só mesmo Deus saberia aonde o mesmo poderia chegar. Por enquanto, ele seria criado por um casal cheio de amor que lhe ensinaria os conceitos básicos de sobrevivência, de valores, ética e como se portar numa sociedade ainda desigual do início do século XX.





1.2-Comemoração



Depois do nascimento, Jilmar e Filomena começaram a se preocupar com a alimentação e o vestuário do recém-nascido. Foi aí que tiveram uma ideia: chamar alguns conhecidos da região que tinham uma maior posse para participar duma pequena comemoração e a fim que os mesmos retribuíssem com presentes. Assim fizeram. Uma semana depois, abriram as portas de sua pequena e simples casa e receberam os amigos. Entre eles, os primos solteiros de Filomena, Angélica e Bartolomeu e outros parentes de Jilmar.



Todos que compareceram foram bem recebidos. Por curiosidade, olhavam o bebê, elogiaram seus atributos e retribuíram com presentes diversos de utilidade. O casal agradecia e prestava atenção a todos. No final, serviram um pequeno banquete, que apesar de simples, foi muito apreciado. Quando a comida acabou, a conversa continuou a girar durante um bom tempo sobre assuntos gerais incluindo política, fuxicos, novidades. Assim o tempo passou. Perto de anoitecer, os presentes foram se despedindo, e por fim, ficaram apenas jilmar, Filomena e Angélica. Esta última, antes de ir embora, aproximou-se do bebê, o tocou e num grito fez uma profecia: ——Este sim vai orgulhar a raça Torres, vai ser um desbravador de seu tempo!



Os pais não entenderam bem o desabafo, mas agradeceram mesmo assim. Quando Angélica se foi, os dois ficaram a sós, aproveitaram para comer, namorar e depois dormir, pois, nessa época, num sitio distante, não havia muitas opções de lazer.





1.3-Festa de Batizado



De família tradicionalmente católica, como a grande maioria das pessoas do interior do Brasil, foi organizado a primeira iniciação do recém-nascido Vítor na religião, ou seja, seu batizado. Para a ocasião foram convidados parentes e amigos, incluídos as madrinhas e um padrinho.



Era o dia 15 de agosto de 1900, outra quarta feira. Todos os convidados da ocasião e os pais do menino se dirigiram a sede Pesqueira, mais exatamente a catedral. No horário combinado, todos se achavam presentes, espalhados pelos bancos da Igreja. Mas o padre ainda não tinha chegado. Esperaram mais trinta minutos, o vigário Freitas chegou, e deu início à celebração. Durante tinta minutos, pregou sua ideologia e explicou as responsabilidades de todos os presentes. Quando tudo foi explicitado, continuou o ritual e no fim, Consagrou Vítor. No momento da entrega a Cristo, ouviu-se um ribombo no céu e todos ficaram admirados. O que seria da vida daquele intrigante menino?



A dúvida permaneceria na mente de todos até o mesmo crescer. Enquanto isso, ele aprenderia com os mais próximos e com a vida cada detalhe do mundo. Depois de adulto, decidiria seu próprio destino, através de suas respectivas escolhas. Porque o ser humano é isso, é livre para amar, odiar, construir ou destruir. Somos nós os principais responsáveis pelo nosso próprio destino. Continue acompanhando, leitor.





1.4- Os primeiros brinquedos



Dois meses se passaram desde o nascimento de Vítor e finalmente se aproxima o dia das crianças. Apesar da situação financeira delicada, jilmar combinou com sua esposa um passeio no parque infantil da cidade, nesta data tão importante. No dia e horário combinados, os dois se deslocaram, montados num cavalo e levando o bebê. Ultrapassando barreiras naturais como a poeira, a estrada deficitária e o sol escaldante eles chegam na sede após uma hora de muita luta.



Da entrada da cidade até o parque são mais vinte minutos de viagem. No caminho, encontram conhecidos e parentes, os cumprimentam e desejam feliz dia das crianças. Eles retribuem e desejam sorte e sucesso. Continuam a viagem, encontram um boteco e resolvem parar com o intuito de descansar. Tomada a decisão, desmontam, prendem a corda do animal num arbusto a fim de que o mesmo paste um pouco e se dirigem ao estabelecimento. Com mais alguns passos, eles chegam, sentam à mesa, são atendidos e pedem um suco e um lanche rápido. Enquanto esperam o alimento, namoram, e puxam conversa um com o outro.



—E aí, mulher, Vítor e você estão bem? Parecem um pouco rosados demais. (Jilmar)



—Estamos um pouco exaustos e acalorados. Não é fácil viajar com o sol batendo de frente, mas sobrevivemos. Tudo vale a pena quando estamos prestes a viver momentos felizes e intensos em família. (Filomena)



—Esta época não perdoa, mas concordo que vale a pena. Apesar de tudo estar contra, somos felizes e formamos uma família de verdade. Não vejo a hora de ver este moleque correndo pelo barro de nossa casa, nos abraçando e chamado de pais. (Jilmar)



—Calma,velho. Isto ainda demora um pouco de tempo. Por enquanto, devemos nos preparar para oferecer as mínimas condições para que ele se desenvolva. É a nossa missão a partir de agora. (Filomena)



—Sim, claro. Em breve prepararei o terreno do roçado do próximo ano. Espero que chova. Enquanto isso, continuarei trabalhando alugado, para alguns vizinhos de terra nossos. De uma forma ou de outra passaremos e com dignidade. (Jilmar)



—Que bom que está disposto. Não me arrependi de ter casado com você pois sempre se mostrou um guerreiro nesta vida sem oportunidades. Obrigada por também ter me escolhido como mulher. (Filomena)



—Eu também te amo. (Jilmar)



Neste momento, os dois se abraçam e se beijam docemente. Os presentes aplaudem o gesto e isto os faz corar. Eles ficam em silêncio um pouco, o lanche e o suco chegam, começam a se alimentar planejando discretamente o resto do dia. Quando terminam de se alimentar, chamam o atendente, pagam a conta, saem do local, sobem novamente no cavalo e continuam o trajeto. Agora só parariam ao chegar no destino certo.



Retornando ao trajeto, apressam o trote .Alguns minutos depois de intensos solavancos pelas ruas da pequena cidade de Pesqueira, passando pelo bairro da pitanga, centro e prado finalmente eles chegam. Na entrada do parque, desmontam do cavalo, o prendem a uma arvore próxima ,pagam os bilhetes de entrada, e entram. Começam a percorrer todos os locais, aproveitando ao máximo os brinquedos. Quando chegam em frente a uma barraquinha, se interessam, apreciam o artesanato local e ,num gesto de carinho, Com o restante do pouco dinheiro que tinha, Jilmar compra um presente para esposa, um vestido da época e para o filho, compra um chocalho (Maraca) para o mesmo se distrair. Em agradecimento, Filomena o abraça e o beija. Continuam a aproveitar os brinquedos, passeiam por vários lugares dentro do parque, o tempo passa e já tarde ,decidem voltar para a casa. Rapidamente, se dirigem a saída, montam no cavalo novamente e começa a fazer o caminho de volta. Demorariam aproximadamente o mesmo tempo da ida, no retorno, mas tinha valido mesmo a pena. Viveram momentos especiais, num dia tão importante, o dia das crianças e com seu primeiro bebê.





1.5-A doença e a primeira palavra



Depois do passeio no parque, a família formada por Filomena, Jilmar e Vítor voltaram a sua rotina normal. Jilmar, continuou preparando o terreno a fim de plantar esperando o tempo do inverno e consequentemente sol e chuva suficientes; Filomena, com seu trabalho de dona de casa, rendeira e de mãe; E Vítor, mesmo inconsciente, descobrindo um mundo novo, diverso, complicado, mas ao mesmo tempo belo. Assim o tempo foi se passando.



Exatos seis meses depois do seu nascimento, Vítor teve uma pequena virose, caiu em febre e os pais,preocupados,o levaram imediatamente ao hospital municipal da sede do seu município de Cimbres,Pesqueira.A viagem a cavalo demorou trinta minutos e ao chegarem no destino, entraram numa sala e ainda esperaram mais uma hora. Depois disso, o menino foi finalmente medicado sendo encaminhado a uma sala ,ficando em observação. Foi permitido a um dos pais ficar com ele .Escolheram Filomena por ser a mãe e ter mais intimidade com ele. Em dado momento, as enfermeiras entraram e sugeriram que Filomena saísse um pouco, descansasse e se alimentasse. A mesma aceitou a sugestão mas no momento que ia se retirar, Vítor se agitou muito,chorou,esperneou, e num esforço sobre humano para sua idade, gritou a sua primeira palavra:



—Mamãe!



A cena emocionou a todos, principalmente Filomena por ter a graça de escutar seu nome pronunciado por seu bebê que se achava doente. Num ímpeto, o beijou, o abraçou e prometeu ficar sempre ao seu lado, nos momentos bons e ruins.Com estas palavras, o menino se acalmou, relaxou e final

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